quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

geração.


Ouviu-se o eco do grito que vinha do quarto da Renata. sua mãe acordou imediatamente, e foi verificar o que havia ocorrido para a filha ter gritado tão alto. os grito tornam-se cada vez mais altos, e intermitentes. ao abrir a porta, Dona Marta se deparou com sua filha se contorcendo de dor. "A bolsa estourou mãe. (Grito!) Me ajuda por favor...(Grito!)" Sua mãe não sabia como reagir, ficou no corredor, a ponto de ter um ataque, correndo de um lado para o outro. até que parou um pouco. "Minha filha precisa de mim... tenho que ser mais racional, me acalmar e tentar ajudá-la. Se não vou acabar atrapalhando." Ela correu até o telefone, e ligou para os bombeiros na intenção de chamar uma ambulância. A garota gritava mais e mais a cada minuto. A ambulância chegou em um tempo cronológico de 15min. Renata estava apavorada, sempre chamando pela mãe, e gritando muito. os enfermeiros pediram para ela tentar se acalmar, para respirar devagar, e tentar se concentrar. Renata respirava fundo, e fazia forma. as contrações estavam cada vez mais frequentes, e a dilatação cada vez maior. na sala de cirúrgia, Renata se lembrou de tudo o que aconteceu para levá-la até lá.
Renata estava apenas com 18 anos, namorava com Bob a cerca de dois anos. ela era virgem, e, por isso, Bob tentava ser forte e suportar os limites de sua namorada. certo dia, ele foi buscá-la na faculdade e pediu para que fossem na casa dele para pegar um objeto qualquer que gostaria de mostrar a Renata. mentira. era só um pretesto para levá-la a sua casa enquato não havia ninguém. Renata se sentiu segura e transou com ele. no entanto, duas semanas depois Renata descobriu que estava grávida e, ao contar ao namorado, ele simplesmente sumiu. ela chorou durante muito tempo. depois se conformou e decidiu tentar cuidar da criança.
Agora a criança não fazia mais parte dela. estava nos braços da enfermeira. era uma menina. Lilian. ela parecia muito com Bob. os olhos, a boca, o nariz... mas isso não incomodou Renata. ela parecia feliz em ter Lilian nos braços. uma pessoas pra ela cuidar, amar, proteger, educar, aconselhar... alguém para ela apresentar ao mundo e fazê-la sentir-se bem quando estiver triste. alguém com quem ela pudesse conversar quando ninguém quisesse ouvir. alguém que cuidaria dela quando fosse mais velha. alguém.
Renata foi para casa com Lilian nos braços... com todo o sofrimento, todas as recnúncias, todos os abandonos. agora ela tinha que parar de ser egoísta e cuidar de quem realmente valeria a pena: dela mesma e de quem gerou. e dar a Lilian o que ela mais tinha de valioso: o amor de mãe.

VanessaMano}

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